Capitulo 18 "O meu pior pesadelo"

Este capítulo é muito especial, é dedicado com todo o  amor  e carinho para as minhas amigas que perderam um pai tão cedo. Espero que que consigam seguir em frente com coragem e força .                Beijinhos.

                                                                    Rita

Depois do almoço a mãe foi para o trabalho o Tiago foi brincar e eu fui para a casa da Leonor.

 (No quarto da Leonor),  

-O quê que se passa amiga-perguntou a Leonor  muito preocupada. 

-A minha mãe anda a esconder alguma coisa sobre o meu pai,e eu tenho a certeza que não é coisa boa-respondi deitada na sua cama.
-Porquê que dizes isso?-perguntou.
-Porque hoje a hora do almoço ela veio com uma conversa estranha sobre o meu pai,se eu iria perdoá-lo ou não ,e quando a perguntei porquê essa conversa naquele momento ela hesitou em responder e quando respondeu disse que falaria comigo e com o Tiago depois dela regressar do trabalho.
-Isso é muito estranho mas se calhar não é nada de importante- tentou me acalmar.
-Espero bem que sim-disse a sorrir. Então porquê que tinhas tanta pressa pra eu vir cá?-perguntei ao levantar.
-Porque preciso que me ajudes a arrumar as minhas malas-respondeu um pouco melancólica.
-Vais viajar e não me convidaste?-perguntei .
-Vou viajar mas não é nada disso que estás a pensar ,é que minha avó tá muito doente ,eu e a minha família vamos visita-la-respondeu.
-Sinto muito -disse. Quanto tempo é que vais ficar ?
-Em principio uma ou duas semanas mo  mínimo,pois os meus pais vão estar de férias-respondeu.
-Tás a brincar, isso é muito tempo-respondi.
-Podes ir lá ter comigo-respondeu.
-Logo se vê.Então e o Rui?-perguntei.
-Ele vai ter comigo daqui a uma semana-respondeu contente.
-Tou a ver,quando é que vais?
-Daqui a dois dias.
-Se vais daqui a dois dias porquê que estás a arrumar as malas agora?-
-Para ter tudo em ordem-disse a rir.
Depois de conversar e ajudá-la a arrumar as malas fui para a casa. E para a minha surpresa a mãe já tinha chegado do trabalho.
-Mãe ? Já em casa?!-perguntei ao entrar na cozinha.
-Rita precisamos de ter uma conversa muito séria-respondeu com um ar sisudo.
-É sobre o pai não é?-perguntei ,quase certa do assunto pelo qual iríamos conversar.
-Sim é.Mas é melhor jantarmos primeiro porque a conversa vai ser longa e dolorosa-respondeu ao fechar o fogão.
-A mãe é que sabe-respondi.
-Vá chamar o teu irmão para o jantar.
Fiz o que ela me pediu , assim que o Tiago apareceu começamos a jantar.
O jantar foi muito silencioso só se ouvia a nossa respiração.
Após o jantar arrumamos a cozinha e mãe nos chamou para a sala de estar para ter "aquela conversa longa e dolorosa".
-Filhos eu não quero que vocês fiquem com raiva do vosso pai. Ele não foi um pai presente mas isso tem um explicação...começou a falar mas eu não consegui ficar calada.
-Aí tem? Tou ansiosa para saber qual é a explicação pelo qual o pai nos abandonou e nunca quis saber de nós este tempo todo.
-Isso não é bem assim -discordou o Tiago.
-É sim. Ele só liga quando fazemos anos.E eu não sei como é que vocês conseguem defendê-lo?-perguntei sentada numa poltrona no cantinho da sala.
-Filha ,nós não estamos a dizer que ele não errou.Ele errou e está arrependido pelo que fez . Erro é humano ,tens de saber perdoar.
-Como assim ele tá arrependido? A mãe por acaso sabe onde ele está ou a mãe anda outra vez com ele?-com a raiva a flor da pele falei sem pensar.
-Rita Maria ,respeita-me que eu ainda sou a tua mãe -respondeu zangada.
-Então a mãe  vais responder ou não ?A mãe por acaso sabe onde é que o pai está?-perguntei já farta daquela conversa.
-Sim eu sei-respondeu.
-Posso vê-lo?-perguntou o Tiago sobressaltando do sofá ao pé da mãe.
-Claro que podes-respondeu a mãe mais calma.
-Quando?-perguntou muito curioso.
-Amanhã ,irão visitar o vosso pai-respondeu.
-Fixe,tou com muita saudade dele -declarou a Tiago.
-Só podem estar a brincar, eu não vou a lugar nenhum-respondi.
-Vais sim senhora-respondeu a mãe.
-A mãe não me pode obrigar a ver uma pessoa que eu não quero ,não pode-respondi magoada.
-Filha vai por mim .Só amanhã prometo que tu não vais arrepender,se não quiseres voltar não voltas mas por favor vai amanhã é muito importante-declarou a mãe com lágrimas nos olhos.
-Porquê que a mãe insiste para eu visitar o pai depois de tudo o que ele nos fez?-perguntei incompreensível.
-Porque se não fores visitar o teu pai amanhã vais arrepender para resto da tua vida -declarou.
Eu fiquei muita assustada com aquela declaração e acabei por ceder ao pedido da mãe.
-Ganharam eu vou visitar-lo amanhã, mas é só amanhã-afirmei.
-Obrigada filha-disse a mãe.
Depois da nossa conversa dei-lhes boa noite e subi para o meu quarto.
Nem sei como consegui dormir mas  quando dei por mim já era de manhã ,e por conseguinte a mãe já estava a chamar por mim para a pequeno almoço.
Arrumei o quarto ,tomei um duche super rápido,vesti-me e fui para a cozinha.


-Bom dia-disse sentando à mesa da cozinha.
-Bom dia filha ,coma rápido porque temos de sair antes das 10 horas-declarou a mãe.
-Tanta pressa,não sei porquê-respondi.
Depois de termos terminado o pequeno almoço saímos.
(no carro)
-Mãe porquê que tamos a ir para hospital-perguntei curiosa pois conhecia bem aquele caminho visto que a mãe trabalha lá desde que eu nasci.
-Tenho de ir tratar duns assuntos pendentes-respondeu.
-Mas hoje a mãe não trabalha!-exclamei.
-Pois não -respondeu.
Não perguntei mais nada até chegarmos ao hospital.
O Tiago traçava os planos para fazer com  o pai e eu simplesmente pensava em como seria o nosso reencontro.
-Filhos venham comigo- declarou a mãe.
Seguimos atrás dela até a recepção.
Eu não fazia a  mínima ideia porquê que estavamos naquele lugar.
Ela falou com a recepcionista ,depois recebeu uns cartões pra visita e eu fiquei mais baralhada ainda.
-Mãe para quê que são esses cartões?-perguntei curiosa.
-Vamos visitar o  teu pai-declarou.
-O quê ? o pai tá doente perguntou o Tiago.
A mãe não respondeu e continuou a andar até chegar a porta de um quarto.
E eu fiquei a pensar o quê que o pai terá? Será que é alguma coisa de grave ?
Mas não obtinha qualquer resposta da parte da mãe.
-Chegamos ,é nesse quarto que está o vosso pai-declarou.
-Eu posso entrar ?-perguntou o Tiago .
-Claro que sim,filho-disse com um sorriso forçado.
O meu irmão entrou e eu fiquei  encostada a parede do quarto com a mãe.
-E tu filha não vais entrar?-perguntou.
-Porquê que a mãe não me disse que o pai estava no hospital?
-Isso não importa agora-declarou.O que importa é tu perdoares o teu pai e seres feliz sem tristeza e sem rancor.
-Eu não sei se sou capaz-disse quase a chorar.
-Claro que és-declarou.
-A mãe pode entrar eu depois entro sozinha pois tenho muita coisa em que pensar-disse.
-Ok-disse ao entrar no quarto.
Eu fiquei a pensar  em todos os dias, em que esperei que o pai voltasse para casa e não voltou.Nas coisas que fazíamos quando era criança,no porquê dele nos ter abandonado.
 Meia hora depois da mãe do Tiago terem entrado no quarto apareceram,o Tiago estava "lavado" em lágrimas , e a mãe estava muito triste e eu não sabia o que fazer.
Tinha medo de entrar  e descobrir o meu pior pesadelo. Ou a minha maior felicidade.
Era agora ou nunca.
Entrar o não entrar ? Eis a grande questão.

                                                                                         


                                                                            O quê que será que o pai da Rita têm?
                                                                                     Será que ela vai entrar para falar e perdoar o seu                                                                                                                      
                                                                                         pai ou não?
                                                                                 Será que o pai dela está muito doente?
                                                  Como é que a Rita vai ficar com  o Pedro? Irá                                                                                                haver algum progresso?

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