quarta-feira, 4 de julho de 2012

Capitulo 13 parte II

Pedro)-Não és minha namorada porque certamente  não queres-disse por entre os dentes
(Rita)-O quê que disseste?-perguntei pois não ouvi muito bem o que ele tinha dito.  
                                          PEDRO
Será que eu devo repetir o que disse? E se ela não gostar?Mas eu gosto mesmo dela,não sei se é um sentimento de amizade ou outra coisa mas tenho a certeza que sinto alguma coisa por ela. Porquê que tenho medo de repetir a frase?Eu  nunca  hesitei a frente duma rapariga porquê que com ela tem de ser diferente?por fim tomei coragem de falar.
(Pedro)-eu disse que ......................................



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 (Pedro)-.............gostava de ser teu amigo e quem sabe um dia mais do que isso-declarei com muita sinceridade (uma coisa que não é o meu ponto forte, honestidade).
Não porquê ,mas esta rapariga faz me sentir uma pessoa melhor,e isso agrada-me.
A Rita persistiu ali sem dizer uma palavra que seja.Por fim respondeu duma forma pouca grosseira da sua parte ,e não contava com isso.
(Rita)-Porquê esse interesse por mim agora,posso saber?-perguntou duma forma simples  e directa e isso incomodou-me  um pouco. Não queria dizer-lhe a verdade e ao mesmo tempo não queria mentir , pois se ela soubesse não iria gostar nem pouco ou talvez iria afastar-me dela para sempre,e  eu não queria isso. Tentei  responder com uma pergunta, é o que eu faço quando estou nervoso com alguma coisa.
(Pedro) -Será que eu não tenho direito de querer uma amiga como tu? Ela fez uma cara de quem estava muito confusa.
(Rita)-Como assim ,amiga como eu?
(Pedro)-Rita, tu és bonita ,sincera, honesta,seria, és muito prestável para com os outros, é tanta coisa que não consigo acabar-disse sorrindo pra ela. Mas ela não retribuiu o que me deixou com algumas dúvidas,pois nenhuma rapariga ficava indiferente ao meu sorriso,se calhar são estes pequenos detalhes que a distingue das outras raparigas.
(Rita)-Como é que sabes que eu sou tudo isso se tu nem me conheces?
(Pedro)-Claro que te conheço .Somos da mesma escola e ainda por cima somos da mesma turma desde 7º ano.
(Rita)-Isso é verdade, mas também nunca falamos e se falamos foi nos trabalhos de grupo e isso foi muito pouco para saberes coisas sobre mim.
(Pedro)-Eu não sou surdo e nem cego  eu oiço e  vejo tudo ao meu redor .
(Rita)-Disso não tenhamos dúvidas-respondeu muito convicta.
(Pedro)- O que queres dizer com isso?
(Rita)-É melhor eu ir embora -respondeu olhando nos olhos.
(Pedro)-Mas antes de ires tenho uma pergunta pra te fazer-declarei.
(Rita)-Diz lá -respondeu.
(Pedro)-Posso ou não posso ser o teu amigo? -perguntei com muito receio pois ela parecia que ela era muito imprevisível.
(Rita)-Claro que podes-declarou , fiquei logo com um sorriso parvo na cara.
(Rita) -Atenção é só amizade -fiquei um bocadinho triste mas era um bom começo.
(Pedro)-Tudo bem.
(Rita) -Agora tenho de ir-nesse instante deu -me um beijo rápido no queixo e foi-se embora.
Esta miúda surpreende-me as vezes fala comigo  com sete pedras na mão e as vezes é muito meiga.
Ela deixa-me louco.
                                        
                                         Rita


Dei-lhe um beijinho e saí do carro deixando-o pasmado pois certamente não estava a espera daquele beijo.
Ia em direcção a minha casa mas estava a minha vizinha meio maluca e fofo-queira  sentada a janela  da sua a olhar para mim.
Como não é da minha personalidade ser mal educada fiz -lhe um sorriso,dei-lhe " boa tarde" e dirige para a casa.
Abri a porta pousei na pequena mesa no hall da entrada. 
Estava tudo muito silencioso só se ouvia a televisão e isso não era costume cá em casa.
(Rita) -Boa tarde família -disse ao entrar na sala de estar .
(Isabel,minha mãe)-Boa tarde de isso são horas de chegar a casa.
(Rita)-Calma mãe -disse dando-lhe um beijinho no rosto porque não a tinha visto hoje.
(Tiago)- Calma como ? Estou com bué fome por tua causa-disse resmungando.
(Rita)-Por minha minha causa?-perguntei sentando ao pé da mãe.
(Tiago)-Sabes muito bem que a mãe não come sem um de  nós-disse tirando os olhos por uns segundos da televisão para me encarar.
(Rita)-Desculpa SR. Esfomeado tive um contra tempo.
(Tiago)-Porquê que tens um gato  na mão? -disse olhando para a gata.
(Rita)-Não é um gato é uma gata,  encontrei-a na estrada sozinha e ferida resolvi trazê -la cá pra casa -
(Isabel)-Fizeste muito bem, filha. Mas ela precisa de ir para o veterinário .
(Rita)-Isso quer dizer que vamos ficar com ela?-perguntei entusiasmada .
(Isabel)-Claro que sim.Não sei como é que as pessoas tem coragem de abandonar esta coisinha tão fofa-disse acariciando a gata que estava no meu colo.
(Tiago) -Vamos almoçar?-perguntou.
(Isabel)-Sim vamos.
coloquei a gatinha num cesto que encontrava na cozinha.Dei-lhe um bocadinho de leite e fui para a mesa almoçar
O Tiago já estava "atacar" o comer como sempre. A mãe parecia mais feliz então resolvi perguntá- la o porquê da sua felicidade
(Rita)-Hoje tás mais feliz mãe,o quê que aconteceu?
(Isabel)-Lembras-te daquela bebé que a mãe morreu no parto?
(Rita)-Sim o quê que aconteceu?
(Isabel)-Hoje depois do funeral da sua mãe todos os familiares e amigos foram ao hospital ver a criança, foi um caos. O pai  da bebé estava um pouco em baixo com a morte da namorada mais mesmo assim foi lá ver a  bebé cuidou dela registou- a  .dando-lhe o nome da mãe e depois levou a bebé para a casa.
Foi tão lindo ver a cumplicidade entre o pai da bebé  com os avós materno .Disseram que vão cuidar da bebé em conjunto e isso deixou muito feliz,não todos os dias que isso acontece .
(Rita)-Pois-confirmei dando um gole do meu sumo.
Tentei mudar de conversa.
(Rita)-Quando é que vamos levar a gata para o veterinário?
(Isabel)-Não te preocupes ,eu levo-a quando for para o trabalho-declarou a mãe.
(Tiago)-Como é que ela vai se chamar?
(Rita)-Não sei.
(Isabel)-Que tal "belinha" olhei para o meu irmão e abanamos nos com cabeça em sinal de negação-
(Isabel)- ´ta bem vocês é que sabem-disse limpando a boca com o guardanapo.
(Tiago)-E se fosse "Mif"-disse muito contente.
(Rita)-o quê que achas mãe?
(Isabel)- Eu não gostei.
(Rita) -Já sei qual vai ser o nome dela-disse sorrindo. Vai ser "Lucy".
(Isabel)-Eu gostei-disse a mãe.
(Tiago)-Preferia "Mif" mas "Lucy" também é bonito.
(Rita)-Então vai ser Lucy- disse ao olhar para a gatinha que estava a lamber o leite que tinha posto na tigela.
(Rita)-Mãe posso ir   para a praia as 3 ter  com os meus colegas?
(Rita)-Claro que podes -declarou.
(Tiago)-Eu também quero  ir-disse .
(Isabel)-Podes ir mais toma cuidado.


Depois do almoço arrumamos a cozinha, a mãe levou a gata para o veterinário e depois foi o trabalho.
O Tiago já estava pronto para irmos para a praia.
(Tiago)-Rita,vamos embora -disse a bater na  porta do  meu quarto.
(Rita)-Espera já tou quase pronta-declarei.Mas era mentira ainda nem tinha vestido o biquíni.
Vesti o mais rápido possível e fomos apanhar o autocarro para a praia de Carcavelos.




         








Rita






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A tarde na praia foi fixe,jogamos volei, lanchamos conversamos sobre um pouco de tudo.
O Filipe (o meu melhor amigo)  estava um bocadinho estranho não sei porquê mas ele não quis falar .
A Raquel como sempre estava a tentar desviar o meu irmão para um mau caminho.
Não sei como é que ela tinha coragem de falar sobre sexo com um rapaz de 12 anos visto que ela tem 17.
Tudo indicava que o meu irmão gostava das brincadeiras com  a Raquel.
A Raquel é muito fixe apesar de ser um bocadinho pervertida mas eu gosto da sua maneira de ser.
A única coisa que me fazia um bocadinho de confusão é o facto dela nunca falar da sua família mesmo quando o assunto  é família ela tenta sempre desviar o assunto.
Ela e o Pedro trocavam sempre uns olhares na sala de aulas mas nunca se falavam nas aulas pelo menos na minha presença não.

Eram 6h30 da tarde quando voltamos para a casa.
Tomei um duche vesti uma coisinha simples e fui fazer o jantar.
Entretanto a mãe chegou do trabalho jantamos-nos e ela contou-nos que a Lucy ficou no veterinário porque precisava de muitos cuidados pois estava com feridas infectadas  e que certamente voltaria para casa para próxima semana.
Fiquei triste mas também era para o seu bem.
Terminámos de jantar arrumamos a cozinha como sempre, dei "boa noite" e um beijinho na mãe e subi para o meu quarto.






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UMA SEMANA DEPOIS
HOJE é o dia do meu  aniversário.Durante esta semana ninguém se  lembrou que eu faço  anos hoje,como eu sou orgulhosa não fiz questão de lembra-los. Nem a minha mãe  nem tocou nesse assunto.
Eu e o Pedro estamos cada vez mais próximos e enquanto que o Filipe está cada vez mais estranho e distante e frio  comigo o que era de estranhar.
Eram 8h00da manha quando o  sol penetrava pela janela  a dentro não conseguia dormir pois o sol estava a "queimar" as minhas pálpebras.
Abri os olhos muito contente esperando ver muitos presentes reluzentes mas nada.
Pensei que estava ainda a dormir saltei de cama para ver melhor mas não estava nada no chão nem nos armários.
Mesmo assim não perdi as esperanças nem a minha boa disposição. Arrumei o meu quarto tomei um duche, penteie-me mas era um bocadinho complicado pois o meu cabelo é encaracolado e da muito trabalho para penteá-lo.Vesti -me preparada para começar o meu lindo dia .







Sai do meu quarto desci as escadas em direcção a cozinha.  Ouvi a mãe a falar e fiquei muito feliz pois se ela está em casa num dia de semana isso quer dizer que ela lembrou do meu aniversário ou aconteceu alguma coisa de grave.
(Rita) -Bom dia mãe bom dia Tiago -disse dando-lhes um beijinho em cada um..
Bom dia responderam em unissoro .
O Tiago olhava me de cima pra baixo assim como a minha mãe quando sentei para tomar o pequeno almoço.
(Tiago) -Tás bem Rita?
(Rita)-Porquê?
(Tiago) -Porque tu nunca lentavas as 10 da manhã a não ser que tenhas ensaio ou aulas.
(Rita)-Eu não tenho ensaio hoje e sabes muito bem que estamos de férias.
(Tiago)-É por isso mesmo que eu estou admirado,tu nunca acordas bem disposta e muito menos vestida desta maneira.
(Rita) kkkkkkkkkkkkkkk muito  engraçado.Não vais ao trabalho hoje mãe?-perguntei ao colocar o recheio de morango na minha panqueca.
(Isabel)-Não filha,hoje é o meu dia de folga já esqueceste?
(Rita) -ta bem. Ficamos uns segundos sem dizer nada.Eu estava a espera de pelo menos de um "parabens"
por parte da minha mãe mas ela não disse nada.
Estava muito desiludida pois não esperava isso da parte da minha mãe.
(Rita) Que dia é hoje?
Sexta feira-responderam em conjunto.
(Rita)-Não ,o dia do mês -respondi tentando fazê-los lembrar do meu aniversário.
(Isabel)- 2 de Julho porquê ?
(Rita)- Vocês não tem nada para me dizer ou para me dar?-perguntei já um bocadinho aborrecida.
(Tiago) -Da minha parte não tenho nada para te dar ou para te dizer-respondeu dando o ultimo gole do leite que restava no copo.
(Isabel)eu também não tenho nada para te dar ou para te dizer-respondeu a mãe, (meu sorriso e a minha boa disposição desapareceu).
(Isabel)-Estava a brincar, é claro que eu não iria esquecer um coisa desta-respondeu a mãe com um sorriso muito bonito na cara.
O meu sorriso e a minha boa disposição que tinha desaparecido instantaneamente voltaram,mas iriam desaparecer logo outra vez.
(Isabel) -Pensaste mesmo que eu ia esquecer da Lucy? Irei busca-la daqui a pouco-disse a sorrir
Eu não quero acreditar a minha mãe não se lembrou do meu aniversário .
Isso só pode ser um pesadelo.Não consegui conter as lágrimas e começaram a transbordar pelos olhos.
(Isabel)-Tás bem filha-perguntou a mãe muito preocupada.
(Rita)-tou bem,só que estou muito feliz e não consigo conter as lágrimas. Mãe posso sair quero dar uma volta para espairecer e também queria comprar a  cama a comida essas coisas para a Lucy.
(Isabel)-Podes ir -declarou.
 Depois do pequeno almoço ela deu -me o dinheiro e eu saí de casa o mais rápido possível.

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