Capítulo 17 "Perdoarias o teu pai?"

                                         



                                      Rita

(Filipe)-Não se escolhe alguém pra amar-disse muito triste pois sem dúvida nenhuma ele percebeu que eu não gostava dele como ele gostaria.
(Rita)-Eu sei. Mas porquê  que tem de ser assim?
(Filipe)-Eu também não sei .A única coisa que eu sei é que estou completamente apaixonado por ti, e isso não é de agora. Eu sempre estive apaixonado por ti mas tu nunca reparaste em mim.
Já estava a espera disso há muito tempo.Só queria uma oportunidade para te dizer "amo-te"- declarou, com uma voz rouca e com lágrimas e descer calmamente para o queixo.Queria tanto dar-lhe um abraço e dizer que  tudo ia  passar. Mas como é que eu poderia dizer-lhe isso? Se a razão da sua tristeza era da minha eterna responsabilidade.
(Rita) -Porquê que eu nunca reparei? E tu porquê que tu nunca me disseste  nada?-perguntei procurando uma solução para aquele problema mas era impossível.
(Filipe) -Eu nunca te disse porque estavas muito feliz com o Diogo, e como sou o teu amigo, não queria e nem podia estragar a tua felicidade. E mesmo que eu tivesse dito não mudaria nada pois não?-respondeu com um certo sarcasmo, e me doeu  ver ele num estado deteriorante .Nunca o tinha visto assim ele estava a chorar, uma coisa surpreendente,pois ele era daquelas pessoas que não se deixavam  abalar por qualquer coisa.
(Rita)-Talvez ,não sei- respondi com lágrimas nos olhos porque sou daquelas pessoas que não pode ver ninguém a chorar, pois chora logo, especialmente uma pessoa que amamos como se  fosse um irmão como era o caso do Filipe.
(Filipe)-Não digas nada.Eu sei que tu não gostas de mim como eu gostaria, e  também sei que tu gostas do Pedro.
Ele apanhara -me de surpresa pois eu não  tinha falado com ele sobre o Pedro.
Ia falar mas ele continuou a falar.
(Filipe)-Eu sei que tu podes achar isto estranho mas não é .Tu gostas do Pedro mas ainda não deste conta disso. Ou certamente não queres aceitar esse novo  sentimento visto que não queres magoar-me.
(Rita)-O quê que vamos fazer agora? -perguntei triste pois não sabia o que fazer e não o queria magoar mais.
(Filipe)- Tu não sei, mas eu vou para a casa,e  depois vou para a praia- respondeu duma forma forma simples e clara que me magoou um pouco mas eu compreendia o que ele estava a sentir.
(Rita)-Tou a falar de nós os dois, como é que a nossa amizade vai ficar?
(Filipe)-Como sempre ficou,afinal somos melhores amigos ou não ? -respondeu com um  leve sorriso que me deixou mais aliviada.
(Rita)-Então não tas chateado comigo?-perguntei  sorrindo.
(Filipe)-Claro que não minha menina.Tu não tens culpa por eu ter apaixonado por ti.-declarou muito mais animado.
(Rita)-Ainda bem -respondi muito feliz.
(Filipe) -Quero que tu saibas, que podes contar sempre comigo. Se  tu  algum dia sentires outro sentimento  por mim, por favor,  diga-me que eu vou te receber de braços abertos.
(Rita)-Está bem.
(Filipe)-Apesar de eu não gostar do Pedro, confesso que ele gosta de ti.  Ai dele se algum te fizer chorar ou qualquer coisa que seja -disse gesticulando sinais com os dedos.
(Rita)-Só tu-disse a sorrir.
Nesse instante ele aproximou-se de mim deu um longo beijo no queixo acompanhado por um longo abraço .
(Filipe)-Vais pra praia?
(Rita)- Adoraria mas não vai dar ,combinei ir a casa da Leonor-desculpei-me.
(Filipe)-Então até amanhã!
(Rita)-Tchau!
Despedimos-nos e cada um tomou o seu rumo.


Quando cheguei a casa a mãe ainda não tinha voltado de trabalho portanto fiz o almoço e assim  terminei fui ver televisão na sala de estar e pouco depois ela chegou.
Ela estava muito diferente parecia que tinha visto um fantasma . Eu nunca a tinha visto assim,os seus olhos estavam tristes e parecia que ela tivera alguma surpresa, mas definitivamente a surpresa não era boa.
(Isabel)-Olá filha! cumprimentou dando-me um beijo na testa.
(Rita)-Olá mãe-disse tirando os olhos do ecrã da televisão.
(Isabel)-O teu irmão?
(Rita)-Tá no quarto,vou chamá lo para irmos almoçar-disse levantando-me do sofá.
(Isabel)-Ok. então vou por a mesa.


*****
O silêncio imperava na sala de estar que era de arrepiar. Eu e o meu irmão trocávamos olhares um pouco desconfiado com o estado da mãe.
(Rita)-O quê que foi mãe? -por fim quebrei o silencio.
(Isabel)-São coisas do trabalho-respondeu calmamente
(Rita) -Nunca te vi assim, por mais que seja difícil o teu dia  no trabalho.
(Isabel)-Mas hoje foi um dia especial no trabalho, mas isso não importa porque temos  um assunto mais importante para tratar.Temos de falar sobre video que que o teu   pai  te enviou .
Ela tinha-me apanhado de surpresa pois pensei que ela não iria tocar naquele assunto tão delicado. Ela nunca nos falou sobre o nosso pai ,só quando perguntávamos e isso é muito raro.
Eu habituei-me com a ideia de viver sem um pai assim como o meu irmão. No ínicio do divórcio foi muito doloroso para mim e para Tiago, mas com o decorrer do tempo tudo   se tornou mais fácil. Mas agora  que  tocou a mãe  num assunto que era quase um tabu  naquela casa, que era de admirar.
(Rita)- Para quê? Se não vai dar em nada-respondi desiludida com as minhas próprias palavras pois magoavam-me mas eram as palavras certas.
(Isabel)-Se o vosso pai aparecer neste momento das vossas vidas o quê que vocês fariam? Vocês perdoariam-no ?
(Tiago)-Acho que sim! Porque tenho muitas saudades dele e gostaria de saber porquê que ele saiu de casa-respondeu o Tiago tranquilamente e continuou a comer como se nada fosse,ele não era de se preocupar com essas coisas.Fiquei admirada com a maturidade do Tiago visto que  ele só tinha 12 anos. Fiquei feliz por ele não guardar rancor, mas isso deve-se a nossa  mãe porque ela sempre se esforçou para mostrar o lado bom do pai , nunca falou mal dele por mais que ele mereça.
(Isabel)-E tu Rita?-perguntou preocupada com a minha resposta e com a minha reacção.
(Rita)-A mãe sabe alguma coisa que nos não sabemos ?-respondi olhando -a nos olhos . Evidentemente ela não estava a espera daquela resposta pois ficou muito nervosa e começou a gaguejar.
(Isabel)-.Ah......ah - começou a gaguejar.
(Rita)-Então mãe?-persisti e o meu irmão parou de comer para perceber o que estava a acontecer.
(Isabel)-Por enquanto não sei de nada -respondeu.
Fiquei um pouco confusa pois não sabia se ela tinha  ou não a noticia do pai .
(Isabel)-Quando eu voltar do trabalho eu explico-te tudo .
Ah então ela sabe onde é que o meu pai está. Mas afinal porquê que ela não fala tudo duma vez?
O quê que ela está a esconder?
São tantas perguntas mas sem nenhuma resposta.





                       Queria pedir a todas as leitoras que comentassem porque senão será muito difícil saber as                          vossas opiniões sobre a história.
                                        Não custa nada  ;)


           
                                                Desculpem este capitulo pequenino mas prometo o próximo será maior.